Ponto de encontro: Junta de Freguesia de Tourais
Esta ave foi recolhida por um particular, após ter caído do ninho, e foi entregue no CERVAS pelo mesmo. Aqui sofreu todo o processo de recuperação que consistiu em alimentação para que crescesse e adquirisse o peso adequado, passagem pelo 1º processo de muda de penas, contacto com aves da mesma espécie e treinos de voo e caça.
Ponto de encontro: Quartel dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital
Nota: O ponto de encontro para esta acção será no quartel dos B.V., sendo depois necessária a deslocação até ao local de proveniência da ave, em S. Sebastião da Feira, que será indicado pelo responsável pela recolha desta.
Esta ave foi recolhida por elementos dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital, após ter caído do ninho, e foi encaminhada para o CERVAS pela equipa do SEPNA da Lousã. Aqui sofreu todo o processo de recuperação que consistiu em alimentação para que crescesse e adquirisse o peso adequado, passagem pelo 1º processo de muda de penas, contacto com aves adultas da mesma espécie e treinos de voo e caça.
Ponto de encontro: Praia fluvial de Valhelhas
Este evento será desenvolvido em colaboração com a Câmara Municipal da Guarda, no seguimento da atribuição do galardão de Bandeira Azul às Praias Fluviais do Concelho da Guarda e que prevê a realização de várias acções de Educação Ambiental. Com a actividade “Vamos ajudar a vida selvagem”, pretende-se sensibilizar os participantes para a problemática da conservação e gestão das populações de animais selvagens, através da libertação de uma ave selvagem recuperada.
Grifo
O grifo (Gyps fulvus) é uma ave de rapina diurna de grandes dimensões, com uma envergadura que pode atingir os 2,65m, e essencialmente bicolor (penas de voo e cauda castanhas mais escuras e corpo e restantes penas das asas mais claras, de cor creme). Possui asas largas com “dedos” muito compridos, cauda curta e arredondada e cabeça de cor pálida e de difícil observação durante o voo. O adulto apresenta uma gola de penas esbranquiçadas em torno do pescoço e bico amarelado enquanto que o juvenil possui uma gola castanha clara e um bico cinzento.
Plana em círculos e desliza com frequência, surgindo em bandos dispersos e confinando-se aos cumes das montanhas. No nosso país, o seu habitat de nidificação corresponde exclusivamente a escarpas rochosas de grande dimensão. Faz o ninho em saliências ou pequenas cavernas nas escarpas e raramente em árvores, reutilizando o ninho em anos consecutivos. O seu habitat de alimentação corresponde a campos desarborizados onde se realiza aproveitamento pecuário extensivo. Por vezes realiza movimentos migratórios para explorar zonas de alimentação. Necessita de uma ampla extensão de correntes de ar ascendentes ou térmicas e procura frequentemente cursos de água para se banhar e beber. Na dormida, é comunal (dormem em pequenas comunidades) e nocturno em grupos desagregados, podendo formar dormitórios em árvores.
A população de grifos em Portugal encontra-se confinada aos vales do Douro superior, e seus afluentes, e do Tejo (troço internacional) e seus afluentes, havendo também alguns casais na Serra de S. Mamede e na zona de Barrancos. Esta ave apresenta hábitos necrófagos (alimenta-se dos tecidos macios – músculos e vísceras – de mamíferos de médio e grande porte). Detecta os cadáveres através da visão, muitas vezes pelo movimento de outras aves, no solo ou no ar. Para reprodução, é uma espécie colonial e ambos os progenitores alimentam as crias por regurgitação, crias estas que são nidícolas (eclodem do ovo sem estar completamente desenvolvidas, sem penas). O período de nidificação decorre entre Dezembro e Agosto.
As principais ameaças a esta espécie são: uso de iscos envenenados para captura de predadores de espécies pecuárias, redução da disponibilidade trófica devido ao cumprimento das exigências higieno-sanitárias, diminuição do aproveitamento pecuário extensivo, a modernização agrícola, a perturbação humana, a colisão e electrocussão, a degradação de habitats, a perseguição humana e a construção de parques eólicos.
Em 2005, o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade atribui-lhe o estatuto de “Quase ameaçado”.
Gavião (Accipiter nisus)
O gavião (Accipiter nisus) é uma pequena ave de rapina que possui asas curtas, largas, com pontas arredondadas, uma cauda comprida com 4-5 barras mais escuras e tarsos muito finos. Verifica-se um acentuado dimorfismo sexual, sendo que a fêmea pode alcançar os 41cm de comprimento e uma envergadura de 80cm, podendo mesmo confundir-se com um macho da espécie Accipiter gentilis, enquanto que o macho é mais pequeno (pode atingir 34cm de comprimento e 65cm de envergadura). O macho adulto apresenta partes superiores cinzentas-ardósia, geralmente com matizes azulados, faces castanhas-avermelhadas, peito finamente barrado e abdómen castanho-avermelhado. A fêmea adulta possui partes superiores cinzentas-ardósia e barras das partes inferiores cinzentas-acastanhadas. Os juvenis apresentam as partes superiores castanhas-escuras, a parte frontal das asas castanha-avermelhada e barras grosseiras, interrompidas e irregulares no peito.
O gavião reproduz-se em florestas e também próximo de povoações, construindo novos ninhos em árvores todos os anos, e alimenta-se de pequenas aves. O seu estilo de voo mais comum é descrito por séries de rápido bater de asas intercaladas com curtas descidas.
Em 2005, o ICNB atribuiu a esta espécie o estatuto de "pouco preocupante".
As principais causas de ameaça para estas aves são o atropelamento, a colisão contra estruturas variadas enquanto perseguem as suas presas, o abate a tiro e a perda de habitat devido a incêndios florestais.
Águia-calçada (Aquila pennata)
A águia-calçada (Aquila pennata) é a águia mais pequena que ocorre em Portugal. Mede entre 45 - 53 cm de comprimento e 110 – 135 cm de envergadura. Existem dois tipos de coloração nesta espécie: uma forma clara, em que os indivíduos apresentam o corpo, cauda e a maior parte das asas ventralmente brancos, exceptuando as penas primárias de cor preta, e uma forma escura em que os indivíduos apresentam coloração castanho-escura com as penas primárias pretas e a cauda clara na face ventral. Esta espécie apresenta em ambas as formas uma pequena mancha branca nas áreas frontais da inserção de cada asa no corpo. Os tarsos são completamente cobertos por penas, o que terá dado origem ao seu nome comum. Habita e nidifica em zonas florestais, preferencialmente em montados de sobreiro e pinheiro intercalados com clareiras e zonas abertas. É uma espécie monogâmica, solitária e territorial durante o período de nidificação. Ambos os progenitores cuidam das crias (1 ou 2) que são nidícolas (eclodem do ovo sem estar completamente desenvolvidas, não possuindo ainda penas). A dieta desta espécie baseia-se em aves de pequeno e médio porte, répteis e pequenos mamíferos, que caça entre as árvores e nas zonas abertas de mato. A águia-calçada é uma espécie migratória que se desloca para África em meados de Outubro para passar o Inverno, regressando ao nosso país em fins de Março.
Esta espécie foi classificada pelo ICNB em 2005 como “Quase Ameaçada” sendo as suas principais ameaças a destruição do habitat provocada pelos incêndios e o abate de pinheiros de grandes dimensões, onde esta espécie nidifica. A colisão com estruturas e o abate a tiro são também factores que ameaçam significativamente esta ave.
CAMPANHA DE APADRINHAMENTOS: O CERVAS mantém em curso uma campanha de apadrinhamento de animais selvagens em recuperação ou de um projecto desenvolvido no centro. Para apadrinhar um animal ou um projecto através de uma contribuição financeira ou da angariação e cedência de material de diversos tipos, contacte o CERVAS: cervas.pnse@gmail.com / 96 271 44 92.
BLOG DO CERVAS: O CERVAS possui o seu espaço na Internet: cervas-aldeia.blogspot.com. Este blog possui informações sobre o centro e todas as actividades desenvolvidas, inclusive das várias libertações que ocorrerão durante estes meses.
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CERVAS - Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens
Apartado 126
6290-909 - Gouveia
Telm: 962714492 / E-mail: cervas.pnse@gmail.com
http://cervas-aldeia.blogspot.com
O CERVAS é uma estrutura que pertence ao ICNB – Parque Natural da Serra da Estrela, que se encontra actualmente sob a gestão da Associação ALDEIA (www.aldeia.org) e tem como objectivos detectar e solucionar diversos problemas associados à conservação e gestão das populações de animais selvagens e dos seus habitates. As linhas de acção do CERVAS são a recuperação de animais selvagens feridos ou debilitados, o apoio e/ou a realização de trabalhos de monitorização ecológica e sanitária das populações de animais selvagens, o apoio e fomento à aplicação do Programa Antídoto – Portugal www.antidoto-portugal.org, a promoção da sensibilização ambiental em matéria de conservação e gestão dos animais selvagens e o funcionamento como unidade intermédia de gestão e transferência de informação e amostras tratadas através de parcerias científicas.
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